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Por , Valor — Rio


A Petrobras afirmou que pode encontrar riscos associados a projetos de transição energética, com possibilidade de impactar na taxa de retorno do portfólio da companhia.

A manifestação da Petrobras está registrada num formulário chamado de 20-F depositado na quinta-feira (11) na SEC, órgão do governo dos Estados Unidos responsável pela regulação do mercado de ações equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira.

Segundo a Petrobras, “podemos decidir investir em novos projetos de transição energética que estão além do nosso escopo atual de experiência e expertise”.

A companhia tem planos de investimento em eólicas marinhas (offshore), captura e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês) e produção de hidrogênio verde (que utiliza energias renováveis no processo de produção do insumo).

Além disso, a companhia estuda desenvolver ou adquirir projetos de eólicas terrestres (onshore) e usinas solares fotovoltaicas.

Em paralelo, a companhia já desenvolve, ainda em pequena escala, diesel verde (coprocessado nas refinarias, em conjunto com o diesel tradicional).

Plataformas

A Petrobras vê espaço para possíveis aumentos de custos com o descomissionamento de sistemas de produção, como desmontagem de plataformas de petróleo, atividade que se tornou mais relevante para a companhia à medida que os contratos de concessão expiram ou ativos chegam ao fim da vida econômica.

Segundo a companhia, apesar da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabelecer regras para o descomissionamento, a empresa reconhece que pode enfrentar “algumas dificuldades” na definição do escopo de tais projetos e no atendimento às exigências regulatórias.

Para a Petrobras, embora os planos de desmantelamento tenham sido desenvolvidos conforme a legislação, é possível que tais planejamentos enfrentem escrutínio ou não cumpram exigências ou expectativas relativas a praticas sociais, ambientais e de governança.

“O encerramento das operações e o descomissionamento podem impactar negativamente o meio ambiente e as comunidades de entorno devido ao processo de desmantelamento de estruturas e plantas industriais”, disse a Petrobras n 20-F.

Prossegue a estatal: “Como resultado, a demanda de recursos para os projetos pode aumentar, assim como os custos, sejam eles operacionais ou referentes ao custeio total dos projetos. Além disso, a nossa imagem e reputação poderão ser afetadas negativamente.”

A empresa deve descomissionar 23 plataformas nos próximos cinco anos, com previsão de investimentos de US$ 11 bilhões nesta atividade no período. Outras 40 unidades devem ser desmanteladas para além de 2028.

 — Foto: Divulgação/Petrobras
— Foto: Divulgação/Petrobras
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